quinta-feira, 17 de março de 2016

Na Sombra do Poder: Moro do Grampo deve ter feito escola na Bahia

 
Por Editoria de Política (Twitter: @BocaoPolitica)
Moro do Grampo
É, não tem jeito, não só o velho ACM ganhou apelido do grampo. Agora o juiz Sérgio Moro, para muitos setores da política, se tornou o Moro do Grampo e fica o alerta: atenção você que é político, quando atender o celular, favor lembrar de cumprimentar o policial federal que deve estar grampeando o seu papo. Se Dilma que é Dilma caiu na malha fina telefônica, imagina você. A Bahia, pelo menos, por muito tempo, já foi escola sobre o assunto.

Casa Caiu
Depois de dizer que o tríplex é "Minha Casa, Minha Vida", o ex-presidente Lula e agora chefe da Casa Civil já assumiu a nova pasta e a piada não para: em menos de 24 horas na função agora é Ministro Chefe da Casa Caiu. O povo não perde a piada. Depois da divulgação de áudios comprometedores, a situação do governo petista não anda nada bem. Já dizem que a situação não é mais de um House Of Cards, mas de Game Of Thrones: a briga agora é pelo Planalto. 

Caderneta de chamadas
Se comenta que os “mangangões” petistas estarão atentos as manifestações da próxima sexta-feira (18), a favor do partido e da presidente Dilma. Para tanto, estarão de olho e farão até chamada para saber quem dará cara a tapa para a defesa do projeto desse frágil momento da política. Quem não for tomará falta... Não queiram saber o que vai acontecer com os faltosos. Se o jogo virar, o recibo será cobrado.

A corda bamba
Álvaro Gomes nega que haja conflito entre ele a direção do PCdoB baiano. No entanto, o clima degringolou e a saída do ex-deputado estadual da secretaria estadual do Trabalho é dada como certa. A questão que vem sendo discutida internamente é quando ela vai acontecer. Há quem defenda estender o vínculo de Álvaro até o pós-eleição, mas se depender do cacique maior da legenda, o cara que vem dando as cartas, trabalha pela saída imediata do correligionário.

Bumerangue
O nome para substituir Álvaro é o do ex-secretário Nilton Vasconcelos. Vasconcelos está na equipe do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. É bom lembrar que houve uma articulação meticulosa na eleição para deputado estadual para deixar Álvaro de fora. A ‘anticandidatura’   veio de Simões Filhos. Para o lugar de Álvaro era mais interessante ter Bobo. Dito e certo. Mantando a bola: isso não quer dizer que Bobo esteja tratando mal a pelota, ou melhor, o mandato. Tem recebido elogios, principalmente, dos pares da bancada da bola. Manasses e Roberto Carlos que o digam.

“Vou de táxi...”
Comenta-se pelo próprio Palácio Thomé de Souza que não foi de tão bom coração assim que o prefeito ACM Neto (DEM) e o secretário de Mobilidade, Fábio Mota (PMDB), selaram acordos com a categoria dos taxistas. A reação contrária dos dois ao Uber, também foi vista com muita estranheza. A articulação de beneficiar dois nomes do PMDB para vereador de Salvador passou pelas tratativas, segundo uma fonte da base do prefeito em contato com a coluna. Fica ainda a questão: se o prefeito gosta tanto de se igualar a cidades do exterior e sempre toma a brasileira Rio de Janeiro como exemplo de muitas ações, por que não liberar o Uber? O discurso da “comparação” muda tão rápido? Vai saber... Enquanto isso Angélica está para atualizar sua canção: “Vou de Uber, cê sabe...”

Curral
O líder da bancada da oposição na Alba bradou na noite de votação em regime de urgência do empréstimo de 600 milhões de dólares. Ele classificou que “o governo trata a Casa como um curral”. “A oposição encerra definitivamente o diálogo com o governo. Nós não podemos compactuar com isso, o governo abre mão do discurso e trata essa Casa como secretaria de Estado. Somos parlamentares e não marionetes”, disse.

Curral 2
Falando em Sandro Régis (DEM), o clima esquentou entre ele e o presidente da Alba, Marcelo Nilo (PSL). O líder da minoria provocou Nilo ao questionar a viagem dele e do governador à China na última semana. “Wagner passou oito anos viajando e nada trouxe. Quero saber o que de fato o governador Rui Costa trouxe para a Bahia?”, questionou. Em reposta, Nilo classificou a viagem como produtiva. “Foram 12 reuniões com 12 empresas diferentes e teremos investimentos na Ferrovia Leste-Oeste, Porto Sul de Ilhéus, VLT e Centro de Convenções”. Não convenceu Régis. “Torço que isso aconteça para não ser igual a tradição das viagens internacionais do PT na Bahia, a exemplo da Jack Motors, Ponte X Itaparica”, provocou.

Bandilmas e Pixulecos faltam a festa
Um fato curioso nas manifestações pró-impeachment realizadas no último domingo (13), em várias cidades do país. Na Bahia, os famosos bonecões apelidados de “Bandilma” e “Pixulecos” não protagonizaram o protesto. Apenas um artista plástico pintou e levou um pixuleco de isopor para protestar.

Mas, e a Jac Motors, Rui?
Da viagem do governador Rui Costa à China, uma das perguntas que ficaram no ar foi: nada acordado com a Jac Motors? Em novembro de 2012, a empresa chinesa enterrou um carro em Camaçari simbolizando a vinda para a Bahia. De lá para cá, a fabricante usufrui da isenção de IPI na importação de veículos para o Brasil através da Bahia e chegou a afirmar que não tinha mais interesse em investir na planta projetada. Diante disso, Rui prometeu tratar diretamente com a empresa na China, isso ainda em outubro, mas nessa expedição, o assunto passou batido.

Kiki Selfie
E o vereador Kiki Selfie Bispo ataca novamente! Pavimentando caminho para sua reeleição... Ou melhor, pavimentando uma rua no bairro de Boa Vista, o vereador recém-chegado no PDT registrou uma famosa selfie altas horas da noite para mostrar o asfaltamento que chegara à comunidade. Na legenda, palavras já em tom de campanha: "honrando a confiança", "trabalho que não para". 

Sebo nas canelas
Por falar nos vereadores, Zé Trindade (PSL), pelo comentário da rádio corredor da Câmara de Vereadores, tem lutado bastante para se articular na reeleição. O pesselista, parceiro de Marcelo Nilo, vai ter um adversário familiar nas urnas: seu irmão Maurício Trindade, que deve sair candidato a vereador também. “Nisso ele perde 50% dos votos dele”, cravou uma fonte quente que traçou um panorama dos votos de cada edil.

Calor do microfone
Quem fez Antônio Brito arregalar os olhos na segunda-feira (14) da sua filiação ao PSD foi o seu pai, o vereador Edvaldo Brito, também ingresso no partido. No calor do microfone, Brito metralhou o PTB, sua ex-legenda. Chamou de migalhas as ofertas de parceria oferecidas pelo grupo do prefeito ACM Neto (DEM) e mandou os petebistas para “o quinto dos infernos”. O clima esquentou e a repercussão no meio político foi imediata. Sabe-se que se Brito quisesse falar mais do que estava sentido, o problema seria ainda maior. Falando ainda em Edvaldo, o evento demonstrou sua força e seu prestígio: a pré-candidatura a prefeito segue a todo vapor.

Situação delicada
Imaginem só a sinuca de bico que a senadora Lídice da Mata (PSB) deve enfrentar doravante: depois de brigar forçada com o ministro Jaques Wagner para manter palanque para o finado Eduardo Campos na Bahia e lançar sua candidatura a governadora, quando pensou que tudo estava normalizado pós-eleições, piora. O PSB embarcou de cabeça na oposição e está indo no calcanhar dos petistas. A aliada ficou possessa. As tratativas ficarem ainda mais sensíveis. E aí? Será que sai também como fez Luiza Erundina?

Ninguém sabe, ninguém viu
Um dia após o STF ter dado um prazo para o ex-ministro da Justiça, Wellington Silva decidir entre o MP e o Ministério, ele veio à Bahia para posse da nova procuradora geral do Ministério Público da Bahia, Ediene Lousado. Prato cheio para a imprensa que estava eufórica no evento querendo entrevistar. Seria aquela “pauta do dia”. #sqn! O ministro entrou e saiu de fininho. Sem dar um pio com os jornalistas. No final, foi um corre corre, um tal de procurar no estacionamento, no salão de festa, na entrada, elevador, nada!  Ninguém sabe, ninguém viu. Dias depois foi fácil matar a charada: isso tudo para ninguém desconfiar que ele iria decidir deixar o Ministério da Justiça e voltar para o MP.

Evitando polêmica
E nesse ambiente propenso a perguntas sobre o ex-ministro da Justiça Wellington Silva, os promotores do MP também preferiram se esquivar da polêmica. Já sabendo que era inevitável as perguntas, nem Ediene Lousado, 1ª mulher a assumir o MP-BA, nem o procurador geral, Marcio Fahel, deram coletiva. A assessoria do MP, inclusive, colocou os jornalistas em um lugar estratégico: bem longe do lugar onde passaram os protagonistas da festa. Bem apertadinho no canto do espaço, os repórteres tiveram que se contentar com os discursos no púlpito.

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