sábado, 13 de julho de 2013

Wagner afina discurso com empresários

O governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner (PT)
Diante do momento de reavaliação política, consequência do cenário de manifestações em todo o país, o governador Jaques Wagner (PT) “abraçou o diálogo”, como estratégia de aproximação com variados segmentos da sociedade civil baiana e até mesmo com os aliados políticos que compõem a sua base de governo. A um ano das eleições que irá escolher o seu sucessor no Palácio de Ondina, a tática é de afinar os discursos e reivindicações com as categorias. Acompanhado do secretário estadual de Relações Institucionais (Serin), Cezar Lisboa, o gestor cumpriu uma maratona de encontros na Governadoria. O chefe do Executivo baiano se reuniu com representantes de oito entidades do setor empresarial com o intuito de acalmar os ânimos e debater a atual situação do país. Depois foi a vez dos líderes partidários e deputados estaduais e federais que integram a sustentação política de sua gestão. Ele pretende continuar as conversas, com a participação de lideranças dos movimentos sociais, da juventude e dos setores religiosos e acadêmicos. “Temos o acordo de que a democracia é a joia da coroa e que ainda não foi inventado nada melhor para governar”, disse o governador, destacando que outros debates estão sendo programados sobre os projetos de desenvolvimento para o estado, com a participação de todos os setores.
No diálogo com os 12 partidos (PT, PCdoB, PP, PDT, PSD, PSB, PTB, PSC, PRP, PSL, PV, PRB), o governador Jaques Wagner (PT) teria chamado a atenção para os protestos atípicos que cresceram em todo o país e as respostas que as autoridades devem conceder aos clamores populares. Foi relatado também o “poder de mobilização das redes sociais”, como um fator potencializou os movimentos. Wagner teria reafirmado que nem todas as respostas podem ser dadas de forma imediata e que a sua gestão já teria realizado muitas ações que se ajustam as reivindicações da população. O governador e os presidentes de partido teriam sido unânimes quanto à necessidade de um plebiscito para a reforma política. Embora o momento seja de dificuldade para as autoridades que compõem os poderes executivos, o presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, descartou que o encontro fosse motivado pela “preocupação” com o cenário pré-eleitoral de 2014. “Nós louvamos essa forma de participação popular, principalmente porque a média de idade é juvenil. A ditadura castrou uma geração toda e essas mobilizações fizeram com que a juventude se reintegrasse às discussões políticas”, exaltou. Segundo ele, a atitude do governador de reuni-los ratificou a sua “formação democrática”. “Foi muito bom e teve uma abertura total para a manifestação de presidentes de cada partido e de todos que estavam presentes. Foi memorável, uma grande avaliação desses movimentos sociais”, concluiu.

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