por Ricardo Della Coletta e Tânia Monteiro | Estadão
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
![Lula quer nova reunião com Dilma na semana que vem Lula quer nova reunião com Dilma na semana que vem](http://www.bahianoticias.com.br/fotos/estadao_noticias/66635/xIMAGEM_NOTICIA_5.jpg.pagespeed.ic.gQ5QnHrUMd.jpg)
Depois
de reforçar esta semana a articulação política do governo ao se reunir,
em duas ocasiões distintas, com senadores do PMDB e do PT, em Brasília,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja ter um novo encontro
reservado com sua afilhada política, a presidente Dilma Rousseff, na
semana que vem. Ainda não há data nem local para a conversa, a segunda
entre os dois desde o último dia 13, quando Dilma foi a São Paulo e
encontrou-se com o ex-presidente num hotel. De acordo com interlocutores
ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado, o presidente quer passar a Dilma as impressões colhidas
no jantar com senadores petistas na última quarta-feira, 25, e no café
da manhã com peemedebistas, na residência oficial de Renan Calheiros
(PMDB-AL), presidente do Senado, na quinta, 26. Preocupado com a crise
política e econômica que recai sobre o governo Dilma, Lula decidiu
assumir pessoalmente as costuras políticas do governo. Sua primeira
tarefa foi apaziguar os ânimos do PMDB. A principal legenda aliada se
queixa da estratégia adotada pelo Palácio do Planalto de tentar isolá-la
com o fortalecimento dos partidos dos ministros Gilberto Kassab (PSD) e
Cid Gomes (PROS). Na conversa que tiveram em 13 de fevereiro, após um
longo período de afastamento, Lula aconselhou Dilma a viajar pelo País e
explicar o ajuste fiscal elaborado por sua equipe econômica. Também
defendeu que o Planalto sele uma trégua imediata com o PMDB, fiel da
governabilidade. Poucos dias depois, o petista desembarcou em Brasília.
Num jantar com senadores do PT, afirmou aos presentes que, para relaxar a
tensão política, Dilma deve incluir seu vice, Michel Temer (PMDB), no
núcleo duro de decisões do Planalto. O grupo, apelidado de G-6, é
formado apenas por ministros petistas - Aloizio Mercadante (Casa Civil),
Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto
(Secretaria-Geral), Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini
(Comunicações) e José Eduardo Cardozo (Justiça). No dia seguinte, na
casa de Renan, Lula fez um afago ao peemedebista, disse que era preciso
mudar a correlação de forças na coalizão e ouviu críticas dos
parlamentares do PMDB pela perda de protagonismo no governo.
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