sábado, 20 de junho de 2015

Mulher é morta a facadas pelo ex-marido em conjunto habitacional de Coité (Atualizada)

Segundo informações, a vítima era constantemente agredida pelo ex-companheiro.


O corpo coberto próximo a porta de vidro quebrada e marcas de sangue mostram os sinais da violência. Foto: Raimundo Mascarenhas
O corpo coberto próximo a porta de vidro quebrada e marcas de sangue mostram os sinais da violência. Foto: Raimundo Mascarenhas
A professora de prenome Aiane Kathiele Souza Reis, foi morta com várias facadas, por volta das 20h40 de sexta-feira,19, desferidas pelo ex-marido Leandro de Jesus Silva, 26 anos,  em sua residência, situada no Bloco 75, nº 3 do Conjunto Habitacional Mário da Caixa, no Bairro Casas Populares, em Conceição do Coité.
Uma vizinha identificada apenas pelo prenome Mônica, disse que o relacionamento do casal era marcado por muita briga por Leandro ser muito ciumento, “quando chegava em casa pegava o celular dela, batia na mesma que só era vista de ‘cara quebrada’, sempre me chamava quando estava sendo espancada. Ele tinha outras mulheres que mandavam mensagens esculhambando minha amiga, ela, para não passar por mentirosa, chegava me mostrando as mensagens de provocação, e quando ela reclamava com ele acabava sendo espancada. Então o comportamento dele era muito feio com ela, muito violento sempre, até que ela se separou há 15 dias, mesmo com uma filha novinha, de um ano”, afirmou Mônica com exclusividade ao Calila Noticias.
Motocicleta caída em frente a casa pertence ao assassino.
Motocicleta caída em frente a casa pertence ao assassino.
Mônica informou também que às 05h da manhã de sexta-feira (dia do crime) ele chegou a residência, mas desde o dia da separação ele sempre ia a casa da ex-mulher, de maneira que ela (Mônica) disse ter comentado com o marido “acho estranho esse homem todo dia aqui na porta, pega uma coisa pega outra, e meu marido dizia, talvez é querendo voltar, eu disse se fosse eu dava era uma queixa dele, e não queria nunca mais”, falou magoada a vizinha.
Populares informaram que Leandro sempre quis se sair como vítima, mas a mulher era que sofria com sua traições.
Populares informaram que Leandro sempre quis se sair como vítima, mas a mulher era que sofria com sua traições.
O crime – Segundo Mônica, logo cedo enquanto ela esperava o ônibus para ir até uma escola do Povoado de Pinda, onde trabalhava conversaram, tomou um cafezinho, brincava, 07h o ônibus chegou e Aiane foi para mais uma jornada de trabalho, chegou em casa por volta das 17h e como de costume fica no bate papo na porta de casa, quando um determinado momento pediu uma prancha emprestada para uma filha arrumar seu cabelo, ao terminar voltou para porta da casa e encontrou a amiga e voltaram a conversar, minutos depois, o ex-marido que se encontrava dentro de casa, (havia chegado no mesmo horário que Mônica), a chamou, e não demorou muito e só ouviu os gritos de pedido de socorro, ao chegar a porta de vidro só viu o assassino golpeando a amiga e nada pode fazer.

A fúria do assassino foi tão grande que quebrou a porta de vidro com a faca e saiu a pé, deixando marcas de sangue com os pés e a motocicleta de sua propriedade caída na frente da casa.
A Polícia Militar fez buscas nas imediações do Conjunto Habitacional e a outros locais possíveis mas não obteve êxito, agora, depois que o corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica – DPT de Feira de Santana deve contar com as investigações da Polícia Civil para tentar prender o assassino.
Aiane Kathiele era filha de Matilde Souza, responsável pela limpeza da Caixa Econômica Federal de Coité. Deixa dois filhos, a criança de aproximadamente um ano fruto da relação com Leandro e outro de um primeiro relacionamento.
pelo-fim-da-violencia-contr
Lei de Feminicídio, aprovada esse ano – Um dia depois do Dia Internacional da Mulher, a Presidente do Brasil Dilma Rousseff conseguiu algo difícil: fez o país discutir a violência de gênero em escala nacional. Com a a Lei de Feminicídio, sancionada no dia 9 de março, o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou de discriminação de gênero passa a ser crime hediondo e figurar no Código Penal brasileiro entre os tipos de homicídio qualificados — quando a motivação do agente, ou o meio empregado por ele, resulta em penas mais duras.
Redação CN * Fotos: Raimundo Mascarenhas

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