segunda-feira, 3 de junho de 2013 10:08
Baiana formada na UFBA ensina na Finlândia, país nº 1 no ranking mundial de educação
Com o trabalho em duas escolas, Luciana ganha 2.500 euros, o equivalente a R$ 6.500.
![luciana-polonen](http://www.calilanoticias.com/wp-content/uploads/2013/06/luciana-polonen.jpg)
“Eu me sinto como uma rainha ensinando aqui. Ser professor na
Finlândia é ser respeitado diariamente, tanto quanto qualquer outro
profissional!”, afirma a brasileira, que se casou com um finlandês, tem
uma filha de três anos, Eeva Cecilia, e está grávida à espera de um
menino. “Aqui na Finlândia o sistema é outro, o professor é o pilar da
sociedade.”
A comparação com sua experiência escolar no Brasil é inevitável. “No
Brasil só dei aulas em cursos, mas estudei em escola pública, sei como
é. Sofria bullying, apanhava porque falava o que via de erradoe os
professores não tinham o respeito dos pais”, diz Luciana.
Por quatro anos consecutivos, a Finlândia ficou entre os primeiros
lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que
mede a qualidade de ensino. Durante visita em São Paulo, na semana
passada, a diretora do Ministério da Educação e Cultura, Jaana
Palojärvi, disse que o segredo do sucesso do sistema finlandês de ensino
não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da
tecnologia em sala de aula ou avaliações nacionais. O lema é treinar o
professor e dar liberdade para ele trabalhar.
![LUCIANA](http://www.calilanoticias.com/wp-content/uploads/2013/06/LUCIANA.jpg)
Para conseguir a vaga, a brasileira passou por avaliação do histórico
escolar da universidade, enviou uma carta pessoal em que expôs suas
intenções, e enfrentou uma entrevista, uma espécie de prova oral feita
em inglês.
Com o trabalho nas duas escolas, Luciana ganha 2.500 euros, o
equivalente a R$ 6.500. Luciana tem contrato temporário porque ainda não
finalizou o mestrado, termina a dissertação no fim do ano, por isso há
uma redução no salário de 15% e de tarefas extras.
“Tenho total liberdade para avaliar meu aluno, tenho a lista de
coisas de que ele tem de aprender até o fim do ano, mas como vou fazer
fica a meu critério. Não preciso aplicar prova a toda hora, nem
justificar nada para o coordenador”, afirma. “Temos cursos de
aperfeiçoamento sem custo, descontos em vários lugares com o cartão de
professor, seguro viagem, entre outros.”
Para Luciana, os alunos aprendem porque há um comprometimento deles,
dos pais e da comunidade. “Eles aprendem o respeito desde pequenos, a
honestidade vem em primeiro lugar. As pessoas acreditam umas nas outras e
não é necessário mentir. Um professor quando adoece pode se ausentar
até três dias. Funciona muito bem.”
Fonte:G1
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