A EXPANSÃO DO SERVIÇO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA NO MUNICÍPIO DE ITIÚBA

 Jorge Silva, Everaldo presidente do PT Bahia e Banga

Houve um tempo que possuir uma conta no banco era coisa para pouca gente. E não estamos falando de épocas muito remotas. Há mais ou menos duas décadas só quem tinha um bom poder aquisitivo possuía uma conta bancária, um talão de cheque e um cartão de crédito.

Porém, primeiro quero esclarecer porque o termo “banco”. Pois bem, no Feudalismo, cada Feudo, tinha a sua moeda. E nas feiras pessoas ficavam nas “bancas” fazendo a troca das diferentes moedas, o que hoje é chamado de câmbio, pelo mercado financeiro. Desse processo surgiram os bancos.

Como já temos conhecimento, o papel moeda foi criado para facilitar as “trocas” de diferentes produtos e serviços. Foi o que fez superar o scambo, ou seja, a troca de produtos entre pessoas. É raro, mas ainda acontece em algumas regiões do planeta, mesmo já existindo o auxilio de moeda e o câmbio.

O nosso sistema financeiro é um dos mais seguros do Mundo. Provou isso na última crise financeira de 2008, onde nos Estados Unidos, instituições financeiras centenárias como o banco Lehman Bother’s foi à falência, junto com outras instituições da Europa e dos próprios Estados Unidos. Enquanto aqui os principais bancos não foram contaminados. Pois o nosso sistema é monitorado, fiscalizado, auditado e administrado por instituições sólidas e dirigido por pessoas com conhecimento técnico e responsabilidade suficiente para impedir que erros freqüentes de uma instituição prejudique outra que cumpre rigorosamente as normas e desequilibre o sistema. Essa tem sido umas das missões do Banco Central do Brasil, o BACEN.

Resumindo o papel de um banco, esse foi criado para realizar serviços de intermediação financeira, captar recursos dos agentes econômicos superavitários e emprestar e financiar os agentes econômicos deficitários e assim ajudar a financiar o consumo e os investimentos dos  agentes econômicos. Essa atividade tem sido desenvolvida em todo o Planeta e de forma muito mais intensa nos Países de economia capitalista.

Existem vários tipos de instituições financeiras: os bancos comercias, os bancos de investimentos, os bancos de desenvolvimento, as caixas econômicas e as cooperativas de crédito.  

Nos últimos dez anos, o governo federal, vem praticando uma política sócio econômica na qual a inclusão bancária tem tido um papel fundamental. O Banco do Brasil e do Nordeste, mesmo sendo sociedades de economia mista, a caixa econômica federal, única instituição financeira cem por cento estatal, passaram a financiar mais as atividades econômicas e a desenvolver a política de crédito do governo. A facilitar o acesso de pessoas sem grande poder econômico ao sistema bancário e ao crédito.

Itiúba não ficou de fora dessa evolução, 33 anos depois da abertura da primeira agencia bancaria, no caso a agencia do Banco do Brasil, o nosso município hoje conta com 03 agencias bancarias, sendo a última instalada uma agencia da Caixa Econômica Federal, que chegou também para ajudar as pessoas mais simples, a exemplo dos beneficiários do Programa Bolsa Família.

E Para coroar ainda mais a nossa evolução econômica e financeira, estamos recebendo uma agencia da ASCOB, uma cooperativa de crédito criada e dirigida por trabalhadores, que vem ampliar o acesso dos agricultores familiares ao credito e contribuir com o desenvolvimento econômico local, através do fomento ao crédito. Pois as cooperativas tem tido, em todo o Brasil, um papel fundamental na política de crédito e no desenvolvimento de empreendimentos da economia solidária.

Pra finalizar, devemos comemorar muito, não apenas o fato de contar com mais um serviço de intermediação financeira, mas também o fato do município de Itiúba está entre as principais economias da região, resistindo a crises, as estiagens e ao pessimismo.

Bem vinda, ASCOB!!!

Jorge Silva

Economista

CORECON 5752