Executiva do PT aprova expulsão de envolvidos em esquemas de corrupção
O
diretório nacional do PT aprovou, neste sábado, documento em que diz
que qualquer filiado envolvido comprovadamente em escândalos de
corrupção será expulso. O texto não prevê em que momento isso deve
acontecer. A versão original estabelecia que a expulsão seria imediata,
mas essa palavra foi retirada da versão aprovada.
“Manifestamos
a disposição firme e inabalável de apoiar o combate à corrupção.
Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de
corrupção, deve ser expulso”, diz trecho.
O
documento foi proposto pela Mensagem, uma das mais importantes
correntes internas do PT, na sexta, e aprovado por consenso pelo
diretório. A primeira versão falava em expulsão imediata. No entanto,
segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a ideia central
permanece, mas antes das expulsão, todos terão direito à defesa.
—
Se há algum envolvimento, quero saber se as denúncias são comprovadas
ou não. Todos têm direito a defesa e contraditório. Reafirmo que se
alguém estiver envolvido, não ficará no PT — afirmou o dirigente.
Ainda
no documento, o PT diz "exigir" que as investigações relacionadas à
Operação Lava-Jato sejam conduzidas dentro dos marcos legais "e não se
prestem a ser instrumentalizadas, de forma fraudulenta, por objetivos
partidários".
—
É inaceitável que a palavra dos delatores, inclusive já condenados
outras vezes, seja aceita como verdadeira sem prova documental. A
liberdade de expressão não pode ser confundida com o exercício
interessado na calúnia e difamação. Todo acusado, seja de qual partido
for, deve ter o direito a defesa e de ser julgado com o devido processo
legal — relata outro trecho.
Rui
Falcão disse ter ido duas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir
ao ministro relator da Lava-Jato, Teori Zavaski, acesso aos autos do
processo no que se refere ao PT. Segundo Rui, ele ficou de analisar o
pedido, mas ainda não emitiu resposta. O dirigente afirmou que o
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tem sido vítima de ataques
infundados e de forma sistemática.
—
Ele reafirmou (durante a reunião de sexta) publicamente sua inocência,
que todos nós já acreditávamos, condenando os ataques infundados que tem
sido feitos a ele de forma sistemática — reforça Rui Falcão.
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