Único bioma exclusivamente brasileiro, a
caatinga precisa de cuidados. Rica em recursos naturais, a “Mata Branca”
– do tupi-guarani caa (mata) e tinga (branca) – é um dos ecossistemas
mais ameaçados do planeta. Atualmente, mais da metade de seu território
apresenta diferentes graus de degradação e apenas 2% de sua área estão
protegidos em unidades de conservação.
A Caatinga é frequentemente associada com a
seca, pobreza e pouca biodiversidade, mas ao contrário do que se pensa,
esse bioma confere valores biológicos e econômicos significativos para o
país. Assim como nas demais florestas, a conservação da “Mata Branca”
evita a emissão do gás carbônico (CO2). A Caatinga em Pé também é fonte
de matérias primas como frutos silvestres, forragem, fibras e plantas
medicinais, que são essenciais para o sustento das comunidades
tradicionais e pode, através do uso sustentável, garantir o bem-estar e a
permanência das famílias no campo, se tornando uma atividade econômica
segura, mesmo nos anos de seca, em substituição da atividade agrícola de
plantas anuais altamente dependentes de chuvas abundantes e regulares.
Diante das ameaças ao futuro do bioma, o
Irpaa, vem implantando o “Recaatingamento” em parceria com as
comunidades agropastoris e extrativistas. Um projeto de vanguarda, que
tem a população das próprias comunidades como os agentes responsáveis
pelas transformações socioambientais.
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