quarta-feira, 29 de abril de 2015


Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga precisa de cuidados. Rica em recursos naturais, a “Mata Branca” – do tupi-guarani caa (mata) e tinga (branca) – é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Atualmente, mais da metade de seu território apresenta diferentes graus de degradação e apenas 2% de sua área estão protegidos em unidades de conservação.
A Caatinga é frequentemente associada com a seca, pobreza e pouca biodiversidade, mas ao contrário do que se pensa, esse bioma confere valores biológicos e econômicos significativos para o país. Assim como nas demais florestas, a conservação da “Mata Branca” evita a emissão do gás carbônico (CO2). A Caatinga em Pé também é fonte de matérias primas como frutos silvestres, forragem, fibras e plantas medicinais, que são essenciais para o sustento das comunidades tradicionais e pode, através do uso sustentável, garantir o bem-estar e a permanência das famílias no campo, se tornando uma atividade econômica segura, mesmo nos anos de seca, em substituição da atividade agrícola de plantas anuais altamente dependentes de chuvas abundantes e regulares.
Diante das ameaças ao futuro do bioma, o Irpaa, vem implantando o “Recaatingamento” em parceria com as comunidades agropastoris e extrativistas. Um projeto de vanguarda, que tem a população das próprias comunidades como os agentes responsáveis pelas transformações socioambientais.

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