Caprinocultura multiplica retorno financeiro de quilombolas de Campo Formoso – Ba
Mais de 70% dos beneficiados com a primeira parte do fomento
destinado aos remanescentes quilombolas que vivem em situação de
vulnerabilidade social, na comunidade de Taboa, município de Campo
Formoso, investiram na compra de caprinos. Os animais foram adquiridos
seguindo orientações dos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola S.A. (EBDA), executora da chamada pública 003/2012, que faz
parte do Plano Brasil sem Miséria (PBSM), e que trata da
Sustentabilidade de Comunidades Quilombolas.
Os caprinos são animais que, com o manejo apropriado, podem
reproduzir até duas vezes no ano, dois animais por vez. Todos os
agricultores familiares da comunidade de Taboa, que investiram na
criação em dezembro de 2012, com a primeira parcela do fomento do PBSM,
já acrescentaram a seu rebanho de quatro a seis animais. “Os animais
crescem rápido e podem ser revendidos em quatro ou cinco meses, logo
depois que derem a primeira cria”, disse Raulinda Bonfim, agricultora
familiar. Antes de um ano da compra, os agricultores conseguiram
aumentar o seu rebanho, multiplicando o valor investido.
De acordo com o técnico agrícola da EBDA, Maicon de Sá Bonfim, os
caprinos, popularmente conhecidos como ‘bodes’, são animais que consomem
pouco alimento, comem qualquer espécie vegetal nativa, porém, são
altamente seletivos escolhendo sempre os brotos mais verdes. Estes
animais também consomem pouca água, se comparados a outras espécies.
“Reconhecemos os caprinos como uma espécie de fácil adaptação às
condições ambientais e climáticas da região”, afirma Sá Bonfim.
A zona rural de Campo Formoso apresenta uma das maiores reservas de
caprinos nativos brasileiros, conservando raças como a Moxotó. “Estes
animais representam uma cultura de subsistência, se multiplicam
facilmente, dando retorno rápido ao investimento, e podem ser
considerados uma importante “moeda de troca”, em épocas de escassez no
campo”, complementou o técnico.
.
Fonte: Assimp/EBDA
Nenhum comentário:
Postar um comentário