50 ANOS DO GOLPE DE 1964 - "É PROIBIDO PROIBIR" | |
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* Foto do cartaz de 2004 e do comício das "diretas já" 1984
Escancarada, a ditadura formou-se. A
tortura foi o seu instrumento extremo de coerção e o extermínio, o
último recurso de repressão política que o Ato Institucional n 5
libertou das amarras da legalidade. A ditadura envergonhada foi
substituída por um regime a um só tempo anárquico nos quartéis e
violento nas prisões. Foram os Anos de Chumbo.
O Milagre Brasileiro e os Anos de Chumbo
foram simultâneos. Ambos reais, coexistiram negando-se. Passados mais
de 30 anos (50 agora) continuam negando-se. Quem acha que houve um, não
acredita (ou não gosta de admitir) que houve o outro (Elio Gaspari).
Em março de 1964 em tinha quase nove
anos e ainda morava em Juazeiro. Em abril de 1984 eu estava no Vale do
Anhangabaú em São Paulo no maior comício da nossa história pelas
“Diretas já”, mais de um milhão de pessoas.
Ainda em 1984, participei de um evento
que lembrava os 20 anos do golpe de 1964 no SESC-Pompéia, em “Sampa”.
Conheci gente que foi presa, torturada, fiquei amigo de amigos de
Geraldo Vandré. 1994 de novo em Juazeiro montei o show “É PROIBIDO
PROIBIR” para lembrar os 30 anos do golpe e em 2004 fiz pelos 40 anos e
agora vamos fazer mais forte pelos 50 anos. Lembrar para nunca mais
acontecer.
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Em 1980 fui de novo entrevistado, desta
vez por um agente da censura no antigo prédio da superintendência da
Polícia Federal em Salvador (Terminal da França) para poder realizar o
meu primeiro show no Teatro Vila-Velha.
Agora vou contar esta minha história dos
“Anos de Chumbo” e espero que cada um conte a sua, vou de novo
apresentar “É PROIBIDO PROIBIR”.
No próximo texto: 31 de março de 64 - Uma noite de profunda escuridão em Juazeiro.
Maurício Dias Cordeiro (Mauriçola)
Compositor
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quarta-feira, 19 de março de 2014
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