Diante dos casos de racismo contra jogadores de futebol brasileiros
ocorridos recentemente, o deputado federal Valmir Assunção (PT) cobrou
medidas do governo federal, com a proximidade da Copa do Mundo. “Nós não
podemos tolerar, de forma nenhuma, o racismo. Se há racismo no futebol,
isso significa que a sociedade brasileira também é racista, e isso nós
não podemos aceitar. Estou enviando uma sugestão ao Planalto para que
possamos fazer uma grande campanha contra o racismo no esporte”,
afirmou. Nesta quarta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff lamentou os
casos de discriminação e anunciou que receberá nesta quinta o volante
do Cruzeiro, Paulo César Nascimento, conhecido como Tinga, e o santista
Marcos Arouca da Silva, o Arouca, que foram vítimas de atos racistas.
Além dos dois jogadores, o árbitro Márcio Chagas da Silva foi chamado de
macaco e teve bananas colocadas em seu carro em Bento Gonçalves (RS),
no jogo Esportivo x Veranópolis. Com a ação da presidente, Tinga
ressaltou que espera atitudes de combate. “Não considero uma homenagem,
pois não acho que haja motivo para ser homenageado, mas espero sejam
tomadas medidas não só contra essa questão do preconceito racial, mas em
todos os níveis, a diferença entre as classes, tudo de errado que está
aí”, opinou. Para o petista, é preciso ser feita uma campanha, que
contemple vídeos, veiculação em TV, folders e que trate também da
homofobia. “Mesmo que o crime de homofobia ainda não esteja previsto no
Código Penal, não podemos tolerar que declarações homofóbicas sejam
naturalizadas nos campos de futebol, nas quadras esportivas. Nossos
atletas não podem ser calados, por terem medo de retaliações. Isso não é
um problema para se acostumar”, reiterou o parlamentar, no plenário da
Câmara dos Deputados.
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